“É greve, é greve, é greve, é greve, é greve. Até o governo pagar tudo o que nos deve.” É neste embalo que os servidores públicos estaduais de SC entonam a greve que se iniciou em 18 de maio deste ano e que perdura até hoje sem a expectativa de um fim positivo à parte docente.
Bem, como também faço parte da força grevista, estou participando dos atos públicos que normalmente acontecem diariamente. Percebo a tamanha decepção dos professores, AEs, ATPs e até de algumas comunidades e alunos que lutam juntos pela aplicação do piso salarial dos professores de SC. Em qualquer canto da cidade, onde há multidão, provavelmente é um grupo que está em greve: seja municipal ou estadual, seja da saúde ou da educação. Todos pela luta à conquista de um salário digno e compatível ao trabalho feito que se tem ao atendimento público, que em algumas vezes, melhor dizendo, muitas vezes, não há nem sequer um copo para beber água, desejando matar a sede de um dia exaustivo e estressante de um serviço público.
Penso aqui, com minhas ideias de uma simples professora de Língua Portuguesa dos Ensinos Fundamental e Médio, que não haveria necessidade de se ter greve na educação estadual, pois na LDB ( Lei de Diretrizes e Bases da Educação) se tem bem claro, no capítulo VI, artigo 67:
Art. 67. Os sistemas de ensino promoverão a valorização dos profissionais da educação, assegurando-lhes, inclusive nos termos dos estatutos e dos planos de carreira do magistério público:
1. Ingresso exclusivamente por concurso público de provas e títulos;
2. Aperfeiçoamento profissional continuado, inclusive com licenciamento periódico remunerado para esse fim;
3. Piso salarial profissional;
4. Progressão funcional baseada na titulação ou habilitação, e na avaliação do desempenho;
5. Período reservado a estudos, planejamento e avaliação, incluído na carga de trabalho;
6. Condições adequadas de trabalho.
Como se vê, nenhum destes itens de valorização funciona até hoje. Desta forma, me pergunto como o governo lidará com uma situação, por exemplo, de daqui a cinco ou dez anos, não existir mais o professor? Pois claro, com um plano de carreira fúnebre, não praticado, mas apoiado somente pela lei e não pelos governantes, meus alunos optarão por outras profissões, exceto pela de professor. Então cabe a nós, professores, ensinarmos aos governantes que ler a LDB pode ser uma grande tarefa de casa, pois teremos uma “ provinha” na semana seguinte.
Salários baixos, falta de concurso público, cargos comissionados em escolas, falta de verbas, quer dizer, desvios de verbas. Toda a categoria do magistério sabe que muitos recursos são desviados e o destino deles, ah, só o governo sabe...
Professora Francine Rengel
Joinville, 09 de junho de 2011, às 10h46min.
Bem, como também faço parte da força grevista, estou participando dos atos públicos que normalmente acontecem diariamente. Percebo a tamanha decepção dos professores, AEs, ATPs e até de algumas comunidades e alunos que lutam juntos pela aplicação do piso salarial dos professores de SC. Em qualquer canto da cidade, onde há multidão, provavelmente é um grupo que está em greve: seja municipal ou estadual, seja da saúde ou da educação. Todos pela luta à conquista de um salário digno e compatível ao trabalho feito que se tem ao atendimento público, que em algumas vezes, melhor dizendo, muitas vezes, não há nem sequer um copo para beber água, desejando matar a sede de um dia exaustivo e estressante de um serviço público.
Penso aqui, com minhas ideias de uma simples professora de Língua Portuguesa dos Ensinos Fundamental e Médio, que não haveria necessidade de se ter greve na educação estadual, pois na LDB ( Lei de Diretrizes e Bases da Educação) se tem bem claro, no capítulo VI, artigo 67:
Art. 67. Os sistemas de ensino promoverão a valorização dos profissionais da educação, assegurando-lhes, inclusive nos termos dos estatutos e dos planos de carreira do magistério público:
1. Ingresso exclusivamente por concurso público de provas e títulos;
2. Aperfeiçoamento profissional continuado, inclusive com licenciamento periódico remunerado para esse fim;
3. Piso salarial profissional;
4. Progressão funcional baseada na titulação ou habilitação, e na avaliação do desempenho;
5. Período reservado a estudos, planejamento e avaliação, incluído na carga de trabalho;
6. Condições adequadas de trabalho.
Como se vê, nenhum destes itens de valorização funciona até hoje. Desta forma, me pergunto como o governo lidará com uma situação, por exemplo, de daqui a cinco ou dez anos, não existir mais o professor? Pois claro, com um plano de carreira fúnebre, não praticado, mas apoiado somente pela lei e não pelos governantes, meus alunos optarão por outras profissões, exceto pela de professor. Então cabe a nós, professores, ensinarmos aos governantes que ler a LDB pode ser uma grande tarefa de casa, pois teremos uma “ provinha” na semana seguinte.
Salários baixos, falta de concurso público, cargos comissionados em escolas, falta de verbas, quer dizer, desvios de verbas. Toda a categoria do magistério sabe que muitos recursos são desviados e o destino deles, ah, só o governo sabe...
Professora Francine Rengel
Joinville, 09 de junho de 2011, às 10h46min.
É infelizmente as leis não são para ser cumpridas por todos. Nada contra, mas os bombeiros do RJ pararam o Rio por um piso salarial de R$ 2 mil e nos professores de SC estamos lutando por piso de R$1.187,08.
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