Aprovado texto principal da Reforma da Previdência. Onde está a CUT?

Foi aprovado ontem (4/7) o texto principal da Reforma da Previdência por 46 votos favoráveis e 13 contrários. Ainda serão analisados os destaques apresentados por partidos ou individualmente pelos parlamentares, e o texto seguirá para discussão no plenário da Câmara.

Ainda com as contrapropostas apresentadas, o projeto da Reforma da Previdência tem por base atacar a aposentadoria dos trabalhadores. A “economia” pretendida pelo governo cairá, sobretudo, nos ombros daqueles que ganham até dois salários-mínimos. Neste momento, emendas e destaques são uma maneira de ludibriar os trabalhadores, não havendo clamor social para a aprovação de um projeto que nasceu de mentiras deficitárias e que acabará por condenar a população à miséria.

No entanto, ainda que soubessem da votação de ontem, a CUT e as demais centrais não mobilizaram os trabalhadores neste momento preocupante em que passa o país, com uma reforma desta envergadura prestes a ser aprovada. Atos isolados, paralisações de algumas horas, uma única mobilização para o dia 12 e “intensificar assinaturas para abaixo-assinado” foram a tônica dada pela CUT no último período, fugindo de seu papel representativo e da necessidade de se construir uma greve geral por tempo indeterminado até que todos estes projetos sejam derrubados.

A especulação de que as centrais negociam a administração de fundos de pensão em troca de aliviar a pressão contra as reformas toma força diante da estagnação em que se encontram estas entidades. Se a situação não é dramática o suficiente com a aprovação da Reforma Trabalhista, as terceirizações sem limites, o congelamento de gastos e a Reforma de Ensino, não se sabe o que as centrais – em especial a CUT - esperam para organizar os trabalhadores em uma greve geral por tempo indeterminado contra um dos maiores ataques a suas vidas, que aparece na forma desta reforma previdenciária.

CONTINUAMOS NA LUTA
Esta é a última postagem da atual gestão do Sinte/Joinville, agradecendo a confiança da categoria em sua representação e na escolha dos conselheiros nestas eleições; mas também reforçando que não é em gabinetes, no congresso, mandando e-mails ou em negociatas com governos que se consegue reverter os ataques aos jovens e trabalhadores. Os únicos momentos em que a população pôde comemorar a conquista e manutenção de seus direitos foi nas ruas, ombro a ombro.

Esta gestão permanece em seus locais de trabalho, mas continuará ao lado dos trabalhadores e da juventude no dia a dia de suas lutas e na construção de uma sociedade socialista, contra a barbárie em que vivemos, onde eles possam ser donos do próprio futuro.


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