MEC tenta proibir manifestações contra cortes na Educação

Os dias 15 e 30 de maio foram marcados por manifestações em todo o país. Professores, estudantes e população foram às ruas contra a destruição do ensino público, contra a Reforma da Previdência e contra todos os ataques aos trabalhadores.

A resposta aos atos do dia 30 veio das mãos do ministro da Educação, Abraham Weintraub, por intermédio do MEC. Em nota divulgada no mesmo dia em que as manifestações aconteciam, o MEC tentou proibir que pais, alunos e professores divulgassem e participassem dos protestos, abrindo sua ouvidoria para que fossem denunciados ao ministério e punidos.

A coação por parte do ministro em direção à população vem em um momento em que o governo federal enfrenta a disposição dos trabalhadores em não permitir que a conta da crise seja colocada em seus ombros. Com os gastos congelados por 20 anos, uma Reforma Trabalhista em vigor, um alto índice de desemprego e tentando destruir a previdência, não é inocente que o governo e seus correligionários tentem ameaçar, perseguir ou emplacar projetos como o “Escola sem Partido” para limitar e desmobilizar as lutas da classe trabalhadora. A nota do MEC, em que tenta inviabilizar as manifestações e se adiantar à greve geral de junho, dá conta disto.

SEM RESULTADOS
A tática usada pelo governo federal ao inibir as manifestações que acontecem no país - seja por forjar “recuos” horas antes das mobilizações, seja por ameaçar pais, professores e estudantes – é a evidência do desespero dos governos diante das organizações populares, dos trabalhadores e da juventude.

Em 2012 e 2013, na Espanha, estudantes e professores convocaram uma greve geral contra os cortes na educação e contra as reformas do ensino que aconteciam no país. A resposta do governo espanhol, pelo Twitter, também foi a de ameaçar com punições o funcionalismo público e todos aqueles que participassem da greve. Estas ameaças não tiveram resultado e a resposta veio da própria população, com uma inflamada e contundente participação de pais e mães em apoio a seus filhos e aos trabalhadores em educação, somando milhões nas ruas.

14 DE JUNHO – GREVE GERAL DA CLASSE TRABALHADORA
No dia 14 de junho, esta é a resposta que todos os trabalhadores devem dar aos governos que tentam tomar de assalto a educação pública, a previdência social, o patrimônio público e os direitos de todos. Para este dia, as centrais sindicais chamaram uma greve geral e nacional para todas as categorias. E o Sinte/Joinville, igualmente, convoca todos os trabalhadores em educação para aderirem ao chamado.

Não é com abaixo-assinado ou com e-mails aos parlamentares que conseguiremos reverter os ataques que estão em curso. É com o povo na rua e com uma greve geral por tempo indeterminado que se consegue pôr abaixo este governo e todas as investidas contra os trabalhadores.

Abaixo a Reforma da Previdência;
Abaixo os cortes na Educação;
Abaixo a Lei da Mordaça e a perseguição aos professores e estudantes;
Fora, Bolsonaro!


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