Denúncia: movimentos de direita tentam impedir a livre organização sindical nas escolas

Durante a última semana, o Sinte/Joinville tem passado nas escolas da região e dialogado com os professores sobre a Greve Geral do dia 14 de junho. Na ocasião, foram fixados, na sala dos professores, cartazes convocando para a Greve Geral contra a Reforma da Previdência.

No dia 05/06, recebemos denúncias de professores de que nossos cartazes foram fotografados e colocados em páginas de partidos de direita, numa clara tentativa de cercear o direito de livre participação no dia 14.

Ainda nesse dia, recebemos mais denúncias, da escola E.E.B. Jandira D’Ávila, de que dois homens, alegando serem assessores do deputado estadual Sargento Lima (PSL) e com crachás da ALESC, entraram nessa escola para fotografar os cartazes, abertamente tentando coagir os trabalhadores da escola, alegando uma “fiscalização contra a doutrinação de esquerda”.

A direção regional do Sinte esteve no dia 06/06 na escola, conversou com os trabalhadores, explicou que ninguém deve se sentir coagido por estas ameaças e que a resposta que precisamos dar é nas ruas no dia 14/06.

Dias atrás, o Ministro da Educação também tentou impedir que manifestações acontecessem pelo país, divulgando uma nota por intermédio do MEC em que pretendia criminalizar o levante popular, dos trabalhadores em educação e das entidades estudantis. Mas a declaração do ministro não muda nosso direito à liberdade de expressão, organização e cátedra.

A tentativa de coação por parte dos correligionários de Bolsonaro é também uma tentativa de destruir a organização de professores e estudantes contra as reformas do último período. Cabe lembrar, ademais, que os professores são uma categoria organizada, e esta organização se dá por suas entidades representativas. A atividade sindical, as visitas aos locais de trabalho, as conversas com os trabalhadores, a distribuição de material informativo não são apenas garantidas por lei, mas uma demanda histórica de professores e estudantes.

Para ilustrar tais direitos, citamos, abaixo, alguns dos artigos da Constituição que permitem a livre organização. A organização sindical é direito legítimo de segurança coletiva dos trabalhadores. As linhas abaixo não são um presente de nossos algozes, mas uma vitória nossa conquistada em séculos de luta neste país. Não permitiremos que aventureiros reacionários sintam-se à vontade em violar nossos direitos coletivos.

"Art. 8º É livre a associação profissional ou sindical, observado o seguinte:
III - ao sindicato cabe a defesa dos direitos e interesses coletivos ou individuais da categoria, inclusive em questões judiciais ou administrativas;
Art. 9º É assegurado o direito de greve, competindo aos trabalhadores decidir sobre a oportunidade de exercê-lo e sobre os interesses que devam por meio dele defender."

A regional de Joinville do Sinte dialogou com os professores e encaminhou que fará denúncias no Ministério Público, Assembleia Legislativa e, em especial, conclamamos a solidariedade de classe das centenas entidades sindicais, estudantis e movimentos populares do país para que denunciem publicamente estes absurdos.

Solicitamos, igualmente, que todas as denúncias sejam feitas através de textos de entidades sindicais e estudantis, vídeos, falas em assembleias e que sejam enviadas ao e-mail: sinte.joinville@yahoo.com.br

DIA 14 DE JUNHO É DIA DE GREVE GERAL
É importante que o magistério e as organizações estudantis não se intimidem. Pelo contrário, estas intimidações devem servir de energia na construção da nossa luta. Este não é momento de baixar bandeiras ou relativizar demandas, mas erguê-las e combater contra a Reforma da Previdência, contra os cortes na Educação Pública, a Lei da Mordaça e pelo Fora Bolsonaro.

No dia 14 de junho, todos estão convocados para participar da Greve Geral da classe trabalhadora. A mobilização será a partir das 9 horas, na Praça da Bandeira.

Abaixo a Reforma da Previdência;
Abaixo os cortes na Educação pública;
Abaixo a Lei da Mordaça e a perseguição aos professores e estudantes;
Fora, Bolsonaro!



Comentários

  1. Só NÃO esqueçam que os alunos não são submetidos aos professores e sim aos pais. Nada de convocar aluno menor de idade pra engrossar a massa. Isso é proibido.

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