Ato contra a Lei da Mordaça

Na noite de ontem (11/4), estudante e professores realizaram um ato contra a tentativa de revigorar, em Joinville, o projeto Escola sem Partido - conhecido como a Lei da Mordaça. Neste dia, o autor do projeto, Miguel Nagib, e a deputada estadual Ana Caroline Campagnolo promoveram uma atividade no Hotel Le Village, defendendo a implantação deste projeto no município.

O ato foi organizado pelo Sinte/Joinville e contou com o apoio do Sinsej, Ujes, Liberdade e Luta, entre outras organizações.

Durante a atividade, foi aprovado o encaminhamento de um ofício repudiando a atuação da ONG Escola sem Partido, e solicitando aos vereadores que se pronunciem contrariamente a este projeto. Ademais, durante o ato, estudantes e professores denunciaram práticas de coação por parte das direções: suprimir partes do estatuto para formação de grêmios; impedir reuniões dos alunos; barrar a formação de grêmios independentes e coagir jovens para que as entidades estudantis sirvam aos interesses da direção.

Durante a mobilização, também foi aprovada uma moção de repúdio contra a E.E.M. Celso Ramos, que vem dificultando a organização de um grêmio estudantil no local.

O projeto de Lei da Mordaça, mesmo longe de ser aprovado, já realiza tentativas de impedir a organização de estudantes e professores. À margem da neutralidade que prega, o projeto tem partido, tem lado, e trabalha contra os interesses da classe trabalhadora e da juventude. O próprio governo federal, em suas últimas manifestações, afirmou que “quer uma garotada que não pense em política”, ou seja, que seja domesticada diante dos ataques que vem sofrendo.

A Lei da Mordaça é uma tentativa oportunista de criminalizar os atores das mobilizações e mudanças (professores e estudantes), justamente em um momento em que a conta da crise é colocada no ombro de cada trabalhador.

Fora, Escola sem Partido!
Por educação pública, gratuita para todos em todos os níveis!
Fora, Bolsonaro!


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