Relato e encaminhamentos da assembleia regional do Sinte/Joinville

No dia 2/5, aconteceu a assembleia regional do Sinte/Joinville no auditório do Sinsej. Entre as pautas, estavam a campanha salarial da categoria e a assembleia estadual do Sinte/SC.

Ademais, também foram discutidas algumas questões sentidas pelos trabalhadores em educação, como a pressão exercida pelas direções das escolas.

PREENCHIMENTO DO DIÁRIO ONLINE
Foram apresentados vários relatos de pressões para o preenchimento do diário online, ao ponto de as direções exigirem dos professores a assinatura de documentos pelo não preenchimento dos dados do sistema. A assembleia relatou que estas pressões têm o intuito de desmoralizar o trabalhador, jáque nem mesmo a escola oferece condições estruturais para o preenchimento do diário (computadores, salas de trabalho, internet etc), e nem o sistema comporta o número de professores da rede estadual. O entendimento é que o Estado deve fornecer condições para o preenchimento do diário nas escolas, com melhorias do sistema online para que comporte as necessidades da rede estadual.

HORA-ATIVIDADE

A cobrança da hora-atividade nas unidades escolares também tem se tornado motivo de assédio por parte das direções. Professores afirmaram que sofrem pressão para que a hora-atividade seja realizada na escola, ainda que a unidade escolar não ofereça condições de trabalho ou que não exista conciliação de horários para professores que são contratados em mais de uma escola. A discussão na assembleia focou na compreensão que a hora-atividade é um direito conquistado pelo professor para a realização das atividades de planejamento e avaliação, e que não há condições nem especificação para que estas atividades sejam realizadas nas unidades escolares.

CAMPANHA SALARIAL
A Campanha Salarial deste ano tem como reivindicações a descompactação de 10% da tabela salarial, dividida em duas parcelas nos meses de maio e novembro; o reajuste de 100% do vale-alimentação, que atualmente está em R$ 12/dia; a anistia das faltas das greves e paralisações de 2012 a 2017 e o reajuste de 6,81% do Piso Nacional.

O valor do vale-alimentação é o mesmo de 2012, e o debate é necessário não só com nossa categoria, mas com todos os servidores estaduais que também reivindicam esta pauta, pois só com unidade e organização se conseguirá esta vitória.

Os reajustes da descompactação da tabela salarial, do Piso Nacional e a anistia das faltas estão previstas em lei, mas somente a mobilização dos professores pode garantir o cumprimento destas ações, já que o governo já sinalizou que pretende “conter gastos” para este ano - entendendo a educação como um gasto a ser cortado ou contido. O mesmo acontece com a anistia das faltas, em que o governo tentou vetar a proposta da Assembleia Legislativa. É preciso que a categoria se mobilize para garantir estas ações e que demonstre ao governo que os investimentos na educação não são gastos a serem cortados.

A assembleia regional também teve o entendimento de que é urgente a mobilização contra a Reforma do Ensino Médio, que precariza e destrói o ensino público. É imprescindível que a categoria faça este debate junto à comunidade escolar, explicando as contradições destes ataques, que tiveram como um dos propulsores o ex-secretário de educação de Santa Catarina, Eduardo Deschamps.

ENCAMINHAMENTOS
1. Nota de orientação sobre o cumprimento da hora-atividade na escola ou não, com posição do sindicato sobre a questão;
2. Campanha exigindo condições para se preencher o diário online. Se o Estado não oferece condições, não se faz;
3. Nota sobre a nova secretária de educação, suas posições contra a educação e os trabalhadores em educação;
4. Campanha sobre a Reforma do Ensino Médio.


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