Atenção, trabalhadores - organizem suas atividades

O Sinte/Joinville convida todos os trabalhadores em educação a discutirem, junto aos estudantes e comunidade escolar, a conjuntura atual pela qual passa o país, iniciada com a greve dos caminhoneiros, com recente adesão dos petroleiros, e suas reverberações na situação da educação pública estadual - muitas vezes análoga no que diz à precariedade de condições de trabalho.

Na tarde de ontem (29/5), a executiva estadual do Sinte/SC soltou uma nota convocando os trabalhadores em educação a organizarem mobilizações hoje, dia 30/5, em apoio ao movimento. Esta não foi uma decisão tomada em assembleia, deliberada pela base, mas soa como acordada às pressas nos gabinetes de dirigentes sindicais interessados em surfarem na onda de protestos iniciada com a greve dos caminhoneiros.

Diante da falta de condições de convocar e mobilizar a categoria para um ato no final do dia de hoje, inclusive por conta da dificuldade de locomoção, falta de combustível, que se intensifica na medida em que a greve avança, convocamos cada trabalhador a discutir em suas unidades escolares a (im)possibilidade de exercer sua atividade de maneira eficaz no próximo período.

Diante da pressão exercida pela direção do Sinte/Joinville, em diálogo com vários trabalhadores em educação que debateram a situação nas suas unidades escolares na manhã de hoje, tendo em vista não só a autonomia das unidades escolares na organização do calendário anual, mas também a situação específica pela qual passa toda a sociedade neste momento, a gerência regional de educação confirmou a garantia do ponto facultativo do dia 1/6.

Dialogamos com as reivindicações dos caminhoneiros autônomos. Colocamo-nos completamente contrários à repressão para o desbloqueio das rodovias, bem como a qualquer tipo de aliança do movimento com setores da burguesia. A resolução dos problemas que hoje afetam caminhoneiros, petroleiros, professores, estudantes e todos os trabalhadores em geral, é fruto da exploração sistêmica do capitalismo. A sua destruição e a construção de uma nova sociedade sem classes são horizontes que devem guiar, sempre, a nossa luta.


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