Paralisação contra o fechamento de escolas

No dia 10 de outubro, pais, estudantes, professores estiveram reunidos na assembleia aberta da regional do Sinte para discutir sobre o fechamento de escolas e as próximas ações unificadas na defesa da educação pública e do trabalho docente.

Professores de várias unidades escolares relataram as dificuldades para exercer sua profissão e denunciaram a retirada de direitos da categoria, chamando para a unidade dos trabalhadores. A luta, afirmaram, já não se trata apenas de melhorar as condições de trabalho, mas garantir a manutenção de seus empregos.

Pais e alunos da E.E.B. Felipe Schmidt (São Francisco do Sul) também compareceram à assembleia e lamentaram o anúncio de fechamento da escola por parte do governo estadual. “Fechar a Felipe Schmidt é um crime contra a comunidade”, protestaram. Representantes de outras unidades escolares fechadas mostraram, igualmente, repúdio ao fechamento de escolas na região.

Ao todo, 60 mil jovens estão fora da escola em Santa Catarina, principalmente pela política de fechamento de escolas e turmas no Estado. Ainda que o governo conheça estes dados, vem apostando pelos cortes na educação e ignorando o diálogo com a comunidade.

Vários jovens que estiveram na assembleia apontaram os problemas sofridos com as superlotações de salas e a dificuldade do trabalho dos professores. João Vitor, da organização Liberdade e Luta, destacou a necessidade de buscar qualidade de ensino para os estudantes e que com o fechamento de escolas e salas lotadas isto é impossível. “Um aluno sem escola é um futuro presidiário”, disse.

São 11 escolas fechadas nos últimos anos e apenas quatro inauguradas. Para o ano que vem, a previsão é de que outras 19 fechem suas portas na regional de Joinville.

Na assembleia, foi decidido que os professores paralisarão suas atividades no dia 10 de novembro contra o fechamento de escolas e em defesa da categoria. No mesmo dia, a partir das 16h, haverá uma atividade na Praça da Bandeira e os trabalhadores seguirão para a Agência de Desenvolvimento Regional.

A luta contra o fechamento de escolas, contra a destruição da educação pública não é só de professores e estudantes, mas de toda a comunidade.
Não deixe que fechem as escolas públicas da nossa juventude.
Não deixe que o filho do trabalhador não tenha onde estudar.

Comentários