Nota: agressão sofrida pela professora Marcia de Lourdes Friggi

Quando governos como o de Raimundo Colombo fomentam o descaso com a educação, com péssimas condições de trabalho, superlotações de salas de aula, banalização do trabalho docente, o que eles fazem é gerar graves consequências à sociedade e, infelizmente, a violência é uma delas.

Quando o trabalhador em educação entra em sala, sem assistência pedagógica, sem material, sem a estrutura para exercer sua profissão, o único fato que ele pode esperar é a certeza da barbárie.

Os governos nada se importam com esta situação, ainda que eles mesmos a estejam gerando. Quando são responsabilizados, lançam o debate para a população, mas se eximem de remediar o caos que constroem.

O caso da professora Marcia de Lourdes Friggi, 51 anos, agredida em Indaial/SC, é consequência de uma trajetória de descaso com o trabalhador em educação e o ensino público. É consequência dos cortes no corpo pedagógico: ATPs, orientador, instrutor de pátio; é consequência da falta do segundo professor em todos os projetos especiais; é consequência da falta de garantias dos 33% de hora-atividade de acordo com a lei do piso. É consequência, portanto, de não oferecer as condições adequadas para que o trabalhador possa realizar seu trabalho e para que episódios de violência como o vivido pela professora sejam não só evitados, mas erradicados da rede de ensino.

A regional de Joinville do Sinte se solidariza com a professora e lamenta a agressão sofrida por esta trabalhadora, na certeza de que situações como esta são construídas pelo descaso com o ensino público e com o trabalhador em educação.

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