Conselheiro Mafra é viável, mas governo estadual quer entregá-lo ao IFSC

Como é de conhecimento de todos, o governo do estado de Santa Catarina tem promovido o desmonte das escolas estaduais.
No decorrer do ano de 2013, vimos várias escolas sendo entregues, abandonadas, ou interditadas.
O colégio estadual Conselheiro Mafra vive há quase um ano o abandono total. No último período especulou-se que a escola seria entregue ao IFSC, ação que sempre nos causou estranheza, pois não há uma explicação plausível para tal medida, a não ser o desprezo completo do governo estadual.
Todavia, os boatos pareciam ter sido encerrados, quando na tarde de 22/10 o Sinte foi informado que no dia de hoje (23/10) haveria uma reunião na qual a pauta era o Conselheiro Mafra, no auditório do IFSC.
Sabendo da importância do debate, o Sinte-regional Joinville representado pelos diretores Maritania Camargo, Sidenara Terezinha Valentim Sartori e Cláudio Fernandes Silva foram até o IFSC para verificar qual seria o debate. A reunião era na verdade uma assembleia dos servidores do IFSC que supostamente deveria avaliar a viabilidade da oferta feita pelo Governo do Estado, através da exposição de uma comissão de servidores que há meses têm avaliado a transação, comissão esta da qual tivemos conhecimento apenas na assembleia.
A conclusão da comissão foi de que o Conselheiro Mafra é viável, de que está bem localizado, que apesar de centenária está em boas condições e, o mais absurdo, o governo do estado quer entregar ao IFSC reformado, ou seja, a única razão é fechar uma escola do estado, abandonar o ensino médio que é a única responsabilidade real do governo na educação.
Na tentativa de sensibilizar os companheiros servidores do IFSC, explicamos a situação do Conselheiro e pedimos para que eles se juntassem a nós nesta luta, pela manutenção do colégio estadual nas mãos do estado de Santa Catarina. Apesar de as falas terem sido limitadas em dois minutos para cada intervenção. Visivelmente os servidores do IFSC não conheciam a realidade da escola e estão tendo informações parciais sobre a questão, melhor dizendo, a discussão tem sido feita de forma governamental, simplesmente sobre a viabilidade econômica.
Explicamos aos servidores que temos certeza da viabilidade pedagógica e estrutural da Escola Conselheiro Mafra e, justamente por isso, entendemos que ela deve continuar sendo administrada pelo estado de Santa Catarina que não tem nenhum motivo para abandoná-la. Conforme informou a própria comissão do IFSC, a escola é viável e o governo tem licitação pronta para reforma. Isso é motivo suficiente para que ela permaneça nas mãos do estado de Santa Catarina, pois é ele que fará a reforma. Certamente os professores do estado são capazes de promover ensino de qualidade se as condições nos forem dadas.
Vários servidores se sensibilizaram e estão muito preocupados com a questão, todavia, a maioria presente optou por realizar uma votação secreta na tarde de amanhã para verificar quais servidores acham que o IFSC deve assumir o Conselheiro e quais são contra. Cômico se não fosse trágico.
Do nosso ponto de vista esta votação não tem nenhuma legitimidade, pois não cabe aos servidores do IFSC decidir se as escolas estaduais devem ou não permanecer com o estado de Santa Catarina.
Queremos sim que o ensino técnico público seja ampliado, que o IFSC seja ampliado, mas não às custas de fechar escolas estaduais.
Por fim, o Sinte não reconhecerá tal votação e convida os servidores do IFSC a se juntarem conosco na luta pelo ensino público, gratuito, de qualidade para todos, o que se traduz, também, na defesa do Conselheiro Mafra como escola estadual. Juntos somos fortes!
Companheiros e companheiras do IFSC: contra a irresponsabilidade do governo do estado de Santa Catarina, juntem-se a nós na luta para que o Conselheiro Mafra continue nas mãos do Estado de Santa Catarina.



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