Mais uma vez o governo trata com descaso a Pauta de Reivindicação dos trabalhadores em educação


O SINTE/SC esteve reunido em audiência no dia 27/08 com o Secretário de Educação Eduardo Deschamps, e mais uma vez saiu sem nenhuma resposta concreta do encontro. Contudo, o que mais chamou a atenção e indignou os dirigentes, foi à postura irônica adotada pelo Secretário durante toda a reunião demonstrando que o governo continua tratando com descaso nossa pauta de reivindicações.

Irônico e sorrindo, disse ainda que o governo aplica integralmente 1/3 de hora atividade, por entender que o contrato de trabalho dos profissionais de educação é de 40 horas, pois se trata de hora relógio e não hora aula, e que se o SINTE não concorda que busque a via judicial.

Afirmou também que o governo não reconhece o parecer apresentado pela Conselheira Maria Izabel Azevedo Noronha, acusando-a de mentirosa e irresponsável, pois o CONSED – Conselho Nacional de Secretários da Educação,  havia solicitado audiência para discutir o assunto e não foi ouvido pela conselheira, que tomou uma atitude totalmente equivocada sobre o tema.  Alertou também que precisamos ter cuidado sobre a decisão que tomaremos, pois podemos ganhar de um lado e perder do outro, numa clara ameaça de retirada de direitos.

Com cara de compreensivo afirmou que respeita o direito de livre organização dos/as trabalhadores, mas disse que os mesmos devem fazer suas reuniões, assembleias, atos e protestos fora do horário de expediente para não prejudicar os/as alunos/as, esquecendo que os mesmos são prejudicados/as diariamente pela falta de professores, escolas interditadas, profissionais não habilitados etc. etc…

Para o/a bom/ao entendedor/a meia palavra basta e na mesa de negociações ficou claro que a intenção do governo é punir os/as que têm a ousadia de participar das atividades do sindicato, não acatar resoluções que contrariem sua opinião e protelar indefinidamente o processo de descompactação da tabela.

A estratégia do governo quando ofereceu a migalha de reajuste em duas parcelas foi para frear a categoria,  além disso a não discussão da anulação do decreto de progressão é a carta na manga que ele certamente vai usar no momento oportuno, pois os/as professores estão angustiados em função da promoção que deverá acontecer em 2014.

Precisamos estar ciente de que 2014 é ano eleitoral e o governador com os baixos índices de aprovação atuais, não quer e nem pode correr o risco de despencar ainda mais pela possibilidade de um enfrentamento com o magistério, a maior categoria do estado, e por isso mantém a rédea curta e vai usar de todos os expedientes inclusive ameaças e chantagem para conseguir o que quer e como quer.

Sabemos que a situação dos/as profissionais da educação não é cômoda nem fácil, no entanto queremos deixar claro que quando estamos acuados e com medo, nosso inimigo se fortalece e nos coloca contra a parede. Se não reagirmos a jornada pela conquista de nossas reivindicações será muito difícil.

O sindicato tem a obrigação de alertar e chamar suas bases para o enfrentamento, e neste sentido, está iniciando uma forte campanha, onde usaremos todos os meios de comunicação escrita, falada e televisiva para esclarecer e denunciar a atitude de descaso e desdém do governo para com a categoria.

Por isso, estamos conclamando a todos/as para que compartilhem nosso material em suas redes sociais, discutam nas escolas, levem para sua comunidade, reúnam-se com os pais e usem seu espaço de trabalho para dialogar e esclarecer os/as alunos/as. Precisamos unir todos/as em um único discurso, uma única voz para que nosso grito ecoe forte e eficaz. Precisamos do apoio e compromisso de todos/as.




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