Parcialmente
interditada, professores, funcionários e estudantes se dividem entre escola e
instituição privada
Perto
de completar 102 anos a Escola de Educação Básica Conselheiro Mafra, a mais
antiga de nosso estado, passa por uma situação muito delicada. Diante do
descaso do governo para com as escolas e sucateamento das mesmas o Conselheiro
Mafra vem enfrentando problemas estruturais sérios e pede ajuda da comunidade
joinvilense.
Iniciamos
o ano letivo de 2013 com 650 estudantes. Diante da falta de passes para o
deslocamento dos estudantes que moram longe e tem esse direito garantido,
atualmente contamos com 480 estudantes.
Já
estamos na nona interdição e praticamente nada é feito. O sistema elétrico
pouco funciona, as janelas e portas estão quebradas ou deterioradas pelo tempo,
algumas paredes apresentam rachaduras, o telhado está parcialmente
comprometido, não temos acessibilidade e nem biblioteca adequadas. Dessa vez, a
escola foi parcialmente interditada, portanto, professores, funcionários e
estudantes se dividem entre a escola e uma instituição privada. Isso gera
vários transtornos, entre eles a falta de biblioteca, sala informatizada,
secretaria adequada e deslocamento entre uma instituição e outra.
A
escola Conselheiro Mafra é patrimônio histórico de nosso estado, e dessa vez,
temos o projeto de reforma e restauração pronto, a promessa da verba destinada,
o apoio da comunidade de pais e alunos, mas parece que nada vai ser feito mais
uma vez. Agora nos apresentam uma possível federalização de nossa escola. E
como ficarão nossos estudantes? E os professores? E o patrimônio histórico? E
os 102 anos de história? E as gerações que passaram por aqui?
Estamos
cansados das promessas eternas, queremos preservar a história de nossa cidade,
queremos uma educação de qualidade que contribua na construção de sujeitos
fazedores de sua história e cidadãos comprometidos com uma sociedade mais justa
e humana.
Texto: Profª Fernanda Paula do Nascimento
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