Declaração do governador Cid Gomes revolta professores do Ceará

Os professores da educação básica pública do Ceará estão profundamente indignados com as declarações do governador Cid Gomes. Em recente entrevista à imprensa, o governado repetiu o que já havia afirmado em encontro com trabalhadores do Estado. “Governador, prefeito, presidente, deputado, senador, vereador, médico, professor e policial devem entrar, ter como motivação para entrar na vida pública, amor e espírito público. Quem está atrás de riqueza, de dinheiro, deve procurar outro setor e não a vida pública".

Juscelino Linhares, secretário geral do Sindicato dos Professores e Servidores no Estado do Ceará (APEOC), durante participação da reunião do Conselho Nacional de Entidades (CNE) realizada em Brasília nos dias 1 e 2 de setembro, afirmou que a declaração do governador foi infeliz. “O governador faltou com respeito conosco. Nós damos aula por amor e compromisso pela escola pública, mas temos que cumprir com nossas responsabilidades como cidadão, alimentar nossa família. Sem salário digno não temos como fazer isso.

Em greve desde o dia 5 de agosto, os professores foram surpreendidos com a decisão do desembargador Emanuel Leite Albuquerque que decretou a greve ilegal. No dia 2 de setembro, o Sindicato apresentou ao Tribunal de Justiça do Estado o recurso de Agravo Regimental, requerendo a reforma da decisão que ordenou a suspensão da greve.

Para cada dia de descumprimento da decisão, o Sindicato terá de pagar R$ 10 mil. Os professores que não voltarem às salas de aula no prazo terão seus pontos cortados e em 30 dias podem ser processados por abandono de emprego. Até decisão final, os professores permanecerão em greve. (CNTE)

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