Servidores de Joinville em GREVE

Do Sinsej 05/05

A assembleia da noite de terça-feira (3/5) decidiu por unanimidade a deflagração da greve dos servidores municipais a partir de segunda-feira, dia 9/5. Mais de 800 servidores lotaram a Sociedade Ginástica e em tom de indignação rejeitaram a proposta do Prefeito Carlito Merss, que prevê reajuste para os servidores somente em 2012. Além da não concessão do reajuste dos salários em 2011, a resposta à pauta de reivindicações dos servidores da Prefeitura ainda não garantiu o cumprimento dos acordos pendentes da greve de 2010 e foi recebida como uma medida desrespeitosa pelos trabalhadores do serviço municipal. Na segunda-feira os servidores municipais devem iniciar a manhã paralisados e realizarão um ato em frente à Prefeitura às 9h.


Por unanimidade. Servidores iniciam greve dia 9/5.
Durante a assembleia foi apresentada a carta de resposta da Prefeitura para as reivindicações da categoria apresentada pelo sindicato em 1º de março. Em trinta e cinco pontos, de forma evasiva e falaciosa, o Executivo Municipal indica que vários pontos já foram atendidos, como a implantação do Vale-Alimentação e a regulamentação da jornada de trabalho de 30 horas semanais o que gerou indignação nos servidores. O documento ainda aponta que outras questões necessitam de esclarecimento do Sindicato, sendo que o Gabinete do Prefeito informou ao Sinsej não pretende realizar audiência para discussão da pauta.

Outras medidas da Prefeitura foram entendidas pelos servidores como severos ataques a unidade dos trabalhadores do serviço municipal, como a incorporação do abono nos vencimentos do Magistério. Reivindicação antiga do setor, resgatada com objetivo claro de fatiar e desunir a categoria. Durante a assembleia, o presidente do Sinsej, Ulrich Beathalter ressaltou: “Nós defendemos a incorporação do abono, mas no piso do Magistério, senão o valor praticamente desaparecerá”. No dia 27 de abril o Prefeito também anunciou um reajuste de 32% para os Agentes Comunitários de Saúde (ACS), equiparando seu piso salarial ao dos demais servidores. Medida justa e necesária, mas a maneira da concessão deixou claro o objetivo de dividir a categoria. Na semana passada o Prefeito convocou alguns ACS para uma audiência, mas se negou a receber os servidores com a presença do sindicato e mandou “comunicar” que eles receberiam o aumento.


Nos próximos dias o Sinsej e os servidores municipais pretendem esclarecer a comunidade joinvilense a respeito da paralisação, da sua necessidade e legitimidade. O Sindicato lembra que o reajuste salarial do último ano, concedido de forma parcelada, gerou perdas aos servidores que foram anuladas ou amenizadas somente para alguns setores da categoria, com os abonos pagos no início deste ano. De modo que passar mais um ano sem reajuste, mais uma vez acumulará perdas significativas aos trabalhadores.

Comentários

  1. Boa Noite,

    É um orgulho ver que os seridores municipais tenham aderido a greve.
    Quanto aos servidores estaduais da educação tenho ficado perplexo com os absurdos que venho ouvindo sobre a paralização do dia 11/05.

    Faço um desabafo lá o meu blog sobre isso.

    www.territorionenhum.blogspot.com

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  2. O SINTE apóia essa luta! Parabéns pelo depoimento professora Záia!

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