Estudantes fecham a ponte de acesso ao Bairro Espinheiros e pedem a imediata abertura de matrículas para os 1º anos.
Estudantes fazem protesto contra o fim das turmas de extensão no bairro Espinheiros, em Joinville
Grupo com cerca de 200 manifestantes fez passeata e bloqueou principal rua do bairro por quase 15 minutos
Texto: Jornal Notícias do Dia
João Batista da Silva
Estudantes saem pelas ruas do Espinheiros cobrando investimentos na educação e pedindo a continuidade da extensão no bairro |
A manifestação foi marcada por uma passeata, com partida em frente à escola Maria Regina Leal, até a ponte da rua Baltazar Buschle, onde o grupo bloqueou o tráfego por cerca de 15 minutos, numa forma de chamar a atenção da comunidade e do governo. “Até que uma nova escola seja construída, a extensão precisa ser mantida. A falta de extensão gera evasão escolar”, comentou o professor Anderson Drapalski. De acordo com ele, a luta é para que o regime seja mantido não apenas nos Espinheiros, mas nas outras três escolas estaduais que mantém extensões – Gertrudes Benta Costa (Petrópolis), Juracy Maria Brosig (Paranaguamirim) e Alicia Bittencourt Ferreira (Profipo).
A presidente da Associação de Moradores do Loteamento do Moinho dos Ventos I, Jane Sartori, defende que a mobilização precisar partir de toda a comunidade. “A extensão foi algo muito difícil de ser conquistado. A gente não vai deixar fechar, não”, argumentou ela, uma das responsáveis pela implantação da extensão nos Espinheiros, em 2003. Para Lucas Kunen, 17, cursando o 2º pela extensão na Maria Regina Leal, a maior dificuldade seria pelo deslocamento até a escola de origem. “A maioria dos alunos trabalha o dia inteiro, daí fica muito apertado para chegar a tempo na escola. Se tiver que estudar longe, ficaria mais complicado”, advertiu.
Terminalidade mantida
A gerente regional de Educação, Clarice Portella, lembrou que, desde o início do mês, quando houve uma reunião com o grupo, a reivindicação foi encaminhada para a Secretaria Estadual de Educação. O objetivo é de obter uma decisão de caráter excepcional, mantendo a extensão na unidade também para quem vai cursar o 1º ano em 2013, considerando que a região dos Espinheiros não é atendida por nenhuma escola estadual. “Ainda não houve deliberação sobre o nosso pedido”, informou a gerente.
Até que haja um posicionamento do Estado, permanece o caráter de terminalidade das extensões. Para o próximo ano letivo, só foram aceitas matrículas paras os 2º e 3º anos, com o regime garantido até 2014. Para as três unidades da zona Sul onde há a modalidade, está encaminhada a construção de novas escolas no Parque Guarani e no Itinga, beneficiando os estudantes extensionistas. Já nos Espinheiros, a construção de uma unidade depende primeiramente da disponibilidade de um terreno, o que precisa ser providenciado pelo município. “Eles tem que acelerar esse processo, porque o Estado não tem como agilizar o terreno”, considerou Clarice.
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